Quais são os tipos mais comuns de química e como eles agem?

Sumário

É muito comum o uso de química nos cabelos para alisá-los ou para cacheá-los. Você alguma vez já teve a curiosidade de saber quais são os tipos de química e como eles agem nos fios? Caso a resposta seja afirmativa, esse texto é para você!

Mas, antes de falar sobre as químicas, vamos discutir brevemente sobre a anatomia do fio, já que é lá onde os produtos agem.

A anatomia do fio

O fio de cabelo é composto por três camadas: a cutícula, o córtex e a medula.

Quais são os tipos mais comuns de química e como eles agem

Disponível em: https://tudoela.com/estrutura-capilar/

A cutícula é a camada mais exterior do fio, sua função é proteger o fio contra agressões externas por meio de estruturas que se assemelham a escamas.

O córtex é a camada intermediária e é responsável por 90% do peso capilar.Essa camada possui melanina e células ricas em queratina. Sua função é possibilitar a resistência dos fios.

Além disso, é no córtex que estão as ligações químicas que definem o formato do cabelo, ou seja, se ele será liso, ondulado, cacheado ou crespo.As ligações químicas existentes nos fios são: ligações dissulfeto, ligações de hidrogênio e ligações iônicas.

As ligações dissulfeto são estabelecidas entre os átomos de enxofre presentes na cisteína (um aminoácido presente na queratina), desse modo, quanto mais ligações dissulfeto forem formadas, mais cacheado será o cabelo, e, da mesma forma, quanto menos ligações dissulfeto forem formadas, mais liso será o cabelo.

As ligações de hidrogênio e as ligações iônicas são ligações facilmente quebradas por meio da lavagem do cabelo, portanto são as protagonistas quando se fala em alisamento temporário.

A medula é a camada mais interna. É uma camada formada por células anucleadas e não se sabe ao certo a função dela.

Os tipos de química e como eles agem nos fios:

Agora que já sabemos resumidamente sobre a anatomia dos fios, podemos então falar sobre as químicas tão presentes nos salões de beleza.

    • Alisamento

Existem diversos métodos de alisamento, entre eles estão o uso de tioglicolato de amônio, hidróxidos metálicos e progressiva.

Quais são os tipos mais comuns de química e como eles agem

    • Alisamento com tioglicolato de amônio

Nesta química, o tioglicolato de amônio tem como função romper as ligações dissulfeto existentes entre as cisteínas encontradas na queratina do córtex por meio de uma reação de redução.

Ao quebrar essas ligações o cabelo está pronto para ser remodelado, então, como o desejado é o alisamento, usa-se a chapinha ou o secador.

Após isso o cabelo é lavado, retirando o tioglicolato de amônio e aplicando o neutralizante (geralmente água oxigenada) que tem como função refazer as ligações dissulfeto, obtendo como resultado um cabelo permanentemente liso.

    • Alisamento com hidróxidos metálicos

Entre os hidróxidos metálicos usados para alisamentos temos: hidróxido de guanidina, hidróxido de sódio e hidróxido de lítio.Os hidróxidos agem da seguinte maneira:

Primeiro, por ter caráter básico, o hidróxido promove a abertura das cutículas, expondo o córtex.

Após isso, quando o hidróxido chega ao córtex, ele promove a quebra das ligações dissulfeto e substitui os aminoácidos de cistina por lantionina em um processo chamado lantionização.

Assim, para que a química funcione e o alisamento permanente seja realizado, é necessária a ação do secador ou da chapinha. E então, para retornar à faixa de pH natural dos fios é utilizado um neutralizante de caráter ácido.

Todos os hidróxidos agem da mesma maneira, o que muda é a intensidade. O hidróxido de sódio é o mais potente e o mais rápido, no entanto ele é o mais agressivo. O hidróxido de lítio tem a mesma potência que o hidróxido de sódio, mas é lento. E o hidróxido de guanidina é de ação lenta, porém não provoca tantos danos aos fios em comparação com o hidróxido de sódio.

    • Progressiva com formol

A princípio é interessante lembrar que o uso em grande quantidade de formol é prejudicial à saúde, já que pode provocar irritação, queimadura na pele, entre outros. Por conta disso, a ANVISA determinou que 0,2% é uma concentração aceitável de formol em cosméticos, no entanto como ela não é suficiente para o alisamento não se faz mais progressivas com formol.

Tendo esclarecido isso, vamos ação da progressiva:

Primeiro é usado o ácido tioglicólico em uma solução de amônia para a quebra das ligações dissulfeto entre as cisteínas. Após isso é usado o formol que, por sua vez, refaz as ligações que foram quebradas por meio da inserção de grupos metilênicos entre os enxofres das cisteínas. Esses grupos metilênicos fazem com que os cabelos fiquem brilhosos e impermeáveis, mantendo o cabelo liso.

    • Permanente

Assim como no alisamento, a permanente também tem como primeiro passo a ruptura das ligações dissulfeto, desse modo é utilizado o tioglicolato de amônio. Após isso, o cabelo está pronto para ser moldado da maneira desejada. Como o desejado são cachos, os cabelos são enrolados em bobes e, para refazer as pontes dissulfeto, é usado um neutralizante.

Desse modo, sendo refeitas as pontes dissulfeto, a estrutura dos fios é renovada, tomando a forma cacheada.

Assim, devido à variedade de químicas para o cabelo é importante conversar com um profissional da beleza para saber qual tratamento se encaixa ao seu tipo de cabelo, tendo em vista que algumas são mais fortes do que outras.

Gostou de saber sobre a atuação dessas químicas nos fios? Tem interesse em desenvolver cosméticos voltados ao cuidado dos cabelos? Entre em contato conosco!

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A missão da Farma Júnior é entregar soluções farmacêuticas personalizadas por meio de lideranças empreendedoras, oferecendo uma experiência completa e focada em nossos clientes.

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